Olha, eu não morri!!
Mas confesso, caros leitores (se é que vocês ainda existem) a vida na faculdade de engenharia é complicada, não da tempo de fazer nada direito, e como não gosto de fazer nada pela metade, fica difícil fazer boas postagens. Mas aqui tem material fresquinho para vocês!
Nessas férias de 2014, consegui organizar minha vida e finalmente fazer uma expedição que queria fazer a MUITO tempo, mas sempre ocorria algum problema dias antes a minha partida. Estamos hoje em Guapimirim, uma cidade bem legal no interior da região metropolitana do RJ.
A estação de mesmo nome da cidade fazia parte da E. F Teresópolis, estrada essa que não durou muito tempo, ela partia do porto de Pieade, no fundo da Bahia de Guanabara e partia para Teresópolis, mas em poucos anos o trecho entre Magé e o Porto foi extinto, e a ferrovia ficou nas mão da E.F Central do Brasil que suprimiu trecho de Guapimirim até Teresópolis. A estação de Guapimirim possui uma mesma estrutura que a de Vila Inhomirim servindo como base e a última estação antes de iniciar a subida para a serra no tempo que existiam as linhas.
Hoje Guapimirim serve como ultima estação do Ramal de mesmo nome da Supervia, cortando diversos distritos de Caxias e Magé.
A estação de mesmo nome da cidade fazia parte da E. F Teresópolis, estrada essa que não durou muito tempo, ela partia do porto de Pieade, no fundo da Bahia de Guanabara e partia para Teresópolis, mas em poucos anos o trecho entre Magé e o Porto foi extinto, e a ferrovia ficou nas mão da E.F Central do Brasil que suprimiu trecho de Guapimirim até Teresópolis. A estação de Guapimirim possui uma mesma estrutura que a de Vila Inhomirim servindo como base e a última estação antes de iniciar a subida para a serra no tempo que existiam as linhas.
Hoje Guapimirim serve como ultima estação do Ramal de mesmo nome da Supervia, cortando diversos distritos de Caxias e Magé.
Vista da Cidade e a linha cortando toda a região |
Vista do Terreno da Estação - Notem para o Tringulo de Manobras quase escondido pelas árvores e pelas casas. |
Estação e Plataforma. |
Bem, vamos lá, e quando falo "vamos lá", tem que ter muita vontade mesmo, porque a viagem é demorada e cansativa nos queridos trens da Supervia, a qual você caro leitor deve conhecer, mesmo não morando no Rio de Janeiro.
Peguei um trem para Saracuruna as 8h na Central do Brasil, chegando em Saracuruna as 9:20h, porém os horários do trem para Guapimirim não batem, logo tive que ficar esperando na estação por mais de 40min. Ao menos tinha banheiro lá, mas não tinha água (Obrigado Cedae). Após a espera, finalmente embarco na locomotiva para Guapimirim, o sistema é idêntico ao de Vila Inhomirim com a diferença de que em quase todo o trajeto é apenas um trilho, só perto de algumas paradas grandes como Magé que linha se duplica ou triplica, mas as ramificações não servem de nada se a linha principal é apenas uma.
Acredito que no passado deve ter havido mais linhas neste ramal, mas foram desativadas/roubadas (vi vários postes feitos com pedaços de trilhos) e as ramificações estão com os trilhos bem enferrujados constatando que não passa trem nelas a muito tempo cenário diferente da linha principal com os trilhos polidos na parte superior, demostrando a atividade de composições. Graças a essa uma unica linha, a locomotiva que vai é a mesma que volta, em um trecho de aproximadamente 45KM entre Saracuruna e Guapimirim, deixando os intervalos de partida e chegada nas estações muito grande, chegando as vezes a 3h entre uma partida e outra. Se fosse trem turístico, tudo bem, não é serviço vital a população, mas neste caso estamos falando SIM de um serviço de transporte vital, grande parte da população de Guapimirim e redondezas depende deste trem para chegar ao trabalho em Caxias ou no Município do Rio de Janeiro.
Pois bem, cheguei em Guapimirim por volta de 11h e só poderia voltar para casa as 16:40h e se eu perde-se esse trem das 16h... melhor armar acampamento, porque era o ultimo trem dos incríveis 3 trens que parte por dia.
Fiquei apaixonado com a cidade de Guapimirim, calma, pessoas simpáticas, aquele ar de interior onde todos se conhecem, limpa, ainda vou morar em um lugar assim. Após uma breve caminhada para conhecer a cidade e almoçar, parti para a ferrovia. O sol era de matar qualquer um, mas eu só tinha esse horário entre 13 e 16h para tirar as fotos, bom que ninguém da Supervia me atrapalhou e pude tirar boas fotos.
A clássica U13B recentemente reformada puxado os 3 carros de passageiros, também recentemente reformados. |
Meu boné da RFFSA, ainda falarei dele aqui. |
Uma U13B estacionada no pátio da estação com a pintura da Central, provavelmente serve de gabarito e doadora de peças para as que estão em atividade. |
Mais uma U13B, essa aí é um carnaval de cores, sem numeração, aparenta ter uma pintura da RFFSA e da CBTU, ao mesmo tempo. Vai entender. |
Detalhe da pintura da CBTU. |
A cidade e estação de Guapimirim mostram-se um ótimo passeio ferroviário, demora bastante para chegar, porém passar um dia lá e aproveitar as cachoeiras da região valeu muito a pena, fico triste apenas com a falta de estrutura de linhas, porque a locomotiva e os carros estavam ótimos, mas a demora para sua passagem que é o problema. Tirando isso, ótima expedição. Só não recomendo ir em um dia de calor extremo como eu fiz, não foi nada fácil. Pretendo voltar lá para explorar mais a região.
Para finalizar umas das vistas que o passeio proporciona. A segunda linha que aparece são os trilhos que vão para Vila Inhomirim.